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Alunos desenvolvem sistema de monitoramento de áreas preservadas

Modelo de comunicação inteligente pode notificar casos de incêndios, invasões a terras indígenas e mapeamento da fauna e flora nos ecossistemas brasileiros.

Publicada em 09/09/2020 Atualizada em 14 de Novembro de 2024 às 15:37

Preocupados com o aumento das queimadas no Brasil, os estudantes estão desenvolvendo sistema inteligente para monitoramento e detecção de múltiplas ações em áreas preservadas: como focos de incêndio, invasões e levantamento de espécies de animais e plantas.

Iniciada em julho de 2020, a pesquisa é conduzida pelos estudantes Fábio da Costa (Mecatrônica) e Paulo José (Integrado em Eletrotécnica) do campus de Limoeiro do Norte do IFCE, em parceria com Amanda Riziane, discente do curso Ciências Biológicas da Faculdade Dom Aureliano Matos (Uece-Fafidam). A ideia dos estudantes é desenvolver um modelo de comunicação inteligente para notificar casos de incêndios, invasões a terras indígenas e mapeamento da fauna e flora nos ecossistemas brasileiros.

Os discentes já elaboraram o protótipo e estão iniciando a fase de testes. O projeto foi denominado de EVA (Estação de Valorização Ambiental). O equipamento tem capacidade de enviar dados em tempo real, podendo notificar sobre temperatura do ambiente, inclui a função de fotografar quando houver manifestações a frente dos sensores. Com acesso próprio a internet, o modelo envia dados das condições climáticas e imagens instantaneamente via SMS e MMS. O protótipo tem alimentação por bateria 12 volts e também uma placa solar fotovoltaica para carregamento da bateria. Para enviar os dados, basta que o equipamento seja instalado em qualquer lugar que tenha cobertura telefônica.

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A proposta dos estudantes é que o equipamento sirva de contraponto às queimadas, em virtude dos relatos de disparada dos incêndios florestais, em 2020. "Os impactos ambientais dos incêndios vão além do que podemos ver. Além da destruição da fauna e flora, tem a emissão de gases poluentes na atmosfera. As partículas nocivas no ar levam ao aumento dos problemas ligados a doenças respiratórias bem como piora nos casos de coronavírus no Brasil", acrescenta o estudante Paulo José.

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O corpo interno está montado, faltam alguns ajustes e o processo de estrutura externa em acrílico para proteção. Concluído esse processo, observadas questões de segurança, os pesquisadores irão iniciar os testes em áreas de mata.

Diogenilson Aquino - campus de Limoeiro do Norte