O Dia Internacional da Mulher no campus de Juazeiro foi marcado pela exposição “A violência que ninguém vê”, idealizada e montada pela professora Roberta Rocha. Ao chegar à sala da mostra, cada pessoa recebe uma lanterna e é convidada a ingressar no ambiente totalmente escuro, a luz mostra dados sobre violência contra a mulher, histórias, fotografias e aos poucos é possível clarear os discursos que permeiam o cotidiano da existência feminina.

A estudante Clara Vieira, ao ver a exposição, disse sentir profunda indignação, percebendo como a violência está tão próxima e muitas vezes ninguém enxerga. Para ela, a divulgação de informações é fundamental para modificar a situação da mulher. Já Mariana Lima diz se sentir representada pela exposição. “Há coisas que podem parecer pequenas, mas a mulher se sente mal com palavras que escuta no ônibus e na rua. O machismo continua presente em diversos lugares e situações, com muita luta vamos mudar isso”, afirma.

O aluno Bernardo Marques disse que ficou abalado ao se deparar com os casos apresentados na exposição sobre a violência contra a mulher e que essa triste realidade só pode ser modificada com um trabalho de conscientização que se inicie na infância, na escola, com uma mudança de valores. “As mulheres precisam ter mais representatividade e precisam se empoderar todos os dias”, conclui.

A servidora Geane Marques ficou emocionada com o cenário da exposição. “Imagino que a mulher que vive uma situação de violência perde a luz da própria vida, fica triste e infeliz, sem enxergar o caminho adiante. Uma mulher assassinada a cada duas horas é uma realidade que não dá para aceitar”, diz.

Sheyla Graziela - campus de Juazeiro do Norte