“Faz escuro mas eu canto”: é com esse trecho da poesia de Thiago de Mello que a bibliotecária Albeniza Gomes introduz a sua fala sobre a exposição Arraiá Literário, que pode ser conferida no hall da biblioteca do campus de Juazeiro. Tudo foi feito com material reciclado, “é uma colcha de tecido velha, jornal, palito de dente, sobra de recortes de papel de parede, aproveitamos materiais para desenvolver esse trabalho sem gastar dinheiro. ”

Na exposição a servidora trabalha com a obra literária de autores que fazem alusão às festas juninas, como Jorge Amado e o sincretismo religioso de Jubiabá e da Tenda dos Milagres; a obra São Bernardo, do Graciliano Ramos; Patativa do Assaré e a fogueira de São João; a poesia Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade. Albeniza conta que os estudantes chegam por lá e ela vai logo puxando um diálogo, fazendo as associações para que eles possam conhecer os detalhes dessas obras. Durante a montagem os alunos iam passando e ajudavam a pendurar as peças, a bibliotecária Célia Fonseca fez as dobraduras dos balões, o servidor Mastrângelo Bezerra também ajudou, assim, tudo ficou exatamente como a bibliotecária idealizou.

A cada mês Albeniza explora de forma criativa a obra de um novo autor, as atividades ocorrem em diferentes espaços do campus, com o intuito de “tornar mais dinâmica” e ampliar a participação do público. No mês anterior, ela abordou a obra de Millôr Fernandes no restaurante acadêmico.