"Libras pra que te quero" é o nome da oficina ministrada gratuitamente e encerrada nesta quinta-feira, 24, no campus de Fortaleza do IFCE para 30 participantes. O evento - realizado em parceria com o Núcleo de Acessibilidade às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas - é parte das comemorações dos 51 anos da Biblioteca Waldyr Diogo de Siqueira.

A representante da equipe da Biblioteca do IFCE de Fortaleza, Tatiana Apolinário, explica que o objetivo do evento surgiu a partir da dificuldade dos servidores da instituição em lidar com os alunos surdos. "Decidimos procurar o Napne e elaborar um projeto para fortalecer o espaço de reflexão sobre a realidade dos alunos surdos. A língua Libras precisa se tornar mais conhecida e nós precisamos fazer parte desse mundo”, defende ela.

Na oficina de três dias, a intérprete de Libras do campus de Fortaleza, Nádia Ribeiro, apresentou aspectos antropológicos da surdez, gramática e situações de uso da língua de sinais. “Esse curso veio com a abordagem de que esse grupo tem uma língua diferente, uma cultura diferente, mas não inferior à nossa cultura”, explica ela.

Alunos surdos também participaram da promoção dando seus depoimentos. A oficina contou com mais de 150 inscritos. Por isso, é intenção da equipe da biblioteca realizar uma segunda edição da atividade. “Ficamos muito felizes com a grande procura de familiares de pessoas surdas”, destaca Tatiana Apolinário.

A Biblioteca Waldyr Diogo de Siqueira debate o tema Inclusão, como parte do programa de eventos alusivos aos 51 anos do espaço. Para 2020, a proposta é abordar a realidade dos acadêmicos deficientes visuais.

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