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Professora aborda narrativa e autorrepresentação em comunidades quilombolas em artigo

A professora Valeria Lourenço publica artigo em revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas

Publicada em 03/07/2019 Atualizada em 14 de Novembro de 2024 às 15:45

“O ruído da escrita de outras penas” – narrativa e autorrepresentação em comunidades quilombolas da Baixada Maranhense. Este é o título do artigo publicado pela professora Valeria Lourenço, do curso de Letras do IFCE campus de Crateús, na revista Wamon, revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas. A professora Valeria é mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia pela Universidade Estadual do Maranhão e coordena o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígenas do IFCE campus de Crateús.

O artigo desenvolve reflexão acerca de como agentes sociais de comunidades quilombolas da Baixada Maranhense têm reivindicado a autoria de suas narrativas e sua autorrepresentação. Dialogando com pesquisadores como Pierre Bourdieu, Alfredo Wagner Berno de Almeida, James Clifford e Camila Valle, entre outros teóricos, o texto traz a narrativa de alguns desses agentes sociais e destaca que sua representação pode ser entendida, também, como uma forma de luta ao romper com classificações externas e estigmatizantes.

“O que está em disputa no momento atual é quem pode desenhar mapas, re-contar histórias, descrever, autorrepresentar-se. Mais do que isso, a quem cabe o poder de imaginar outras formas de vida possíveis”, destaca Valeria em seu texto. “Quem sabe a literatura e a antropologia (mas não só) possam ser lugares em que ainda seja possível imaginar outros mundos”, pondera.

O artigo é fruto de trabalho de campo realizado pela autora em comunidades quilombolas de Penalva, no Maranhão. Na ocasião, foram entrevistados agentes sociais na comunidade do Bairro Novo. Segundo Valeria, a pesquisa lança luz para o fato de que as narrativas podem ser ferramentas de luta para os integrantes dessas comunidades, que têm suas vidas baseadas em uma identidade coletiva. “E, ao romperem com a representação que tem sido criado sobre essas identidades coletivas, quilombolas, parteiras, benzedeiras, curadores(as) e doutores(as) do mato são vistos(as) e contados(as)”, aponta.

O artigo “O ruído da escrita de outras penas” – narrativa e autorrepresentação em comunidades quilombolas da Baixada Maranhense está disponível na Internet, bem como a publicação completa, no site de periódicos da Universidade Federal do Amazonas. 

Leia aqui o artigo: http://www.periodicos.ufam.edu.br/wamon/issue/view/317