Transtorno mental é tema de palestra em Cedro
Técnicos administrativos e docentes participaram do evento na sala do Clif
Publicada em 25/04/2019 ― Atualizada em 14 de Novembro de 2024 às 14:00

“Eu não devia ter nascido”, “Eu sou um peso para minha família”, “Eu queira dormir, nunca mais acordar, queria fugir, nunca mais voltar”. Estas frases fortes infelizmente estão em manifestações de muitos jovens, revelando um profundo sofrimento. Pensando nestas situações, a equipe de Assistencia Estudantil do campus do Cedro promoveu um momento de formação na tarde desta quinta-feira (25) para docentes e técnicos-administrativos. Na sala do Clif, eles ouviram a coordenadora e professora do curso Técnico em Enfermagem da Escola Profissional Francisca de Albuquerque Moura, também do município cedroense, Yana Camila Brasil Marques, sobre o tema “Transtornos mentais-gritos silenciosos, identificações, abordagem e cuidado”.
Indagada pela reportagem sobre a importância do assunto no contexto escolar, Yana respondeu que os gritos silenciosos são mudanças de comportamento dos jovens, como deixar de ser muito extrovertido para ficar introvertido. “Se ele começa a se isolar, as notas começam a ficar baixas, se tinha interesse por algumas coisas antes, agora ele não tem mais e principalmente a automutilação, se corta, seja nos braços e nas pernas”, explicou.
A enfermeira disse ainda que ainda há um preconceito e uma estigmatização muito grande acerca das pessoas que têm sofrimento psíquico. “O preconceito acerca da saúde mental faz com que a pessoa tenha medo de ser taxada de louca, de doida, de perigoso, de tarja preta e não busca atendimento especializado”, contou. O resultado, segundo Yana, é uma dor tão grande e tão intensa que ela vai querer acabar com a dor através do suicídio.