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Palestra ensina primeiros socorros básicos

Técnicos da Coelce instruiram como proceder em casos de choques elétricos

Publicada em 20/04/2016 Atualizada em 14 de Novembro de 2024 às 13:59

"Quem tem medo de choque?", perguntou o técnico em Eletrotécnica Márcio Gomes ao auditório preenchido por estudantes. Com olhares atentos, eles observavam o palestrante, ex-aluno do campus Cedro e hoje funcionário da Coelce em Iguatu, enquanto a conversa sobre primeiros socorros em acidentes com eletricidade se aprofundava na noite de ontem (19).

A palestra foi uma atividade proposta pelo curso básico de extensão sobre Norma Regulamentadora em Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade (NR-10) e aberta ao público interessado em conhecer mais sobre higiene e segurança do trabalho.

"A energia não tem cheiro, não tem cor e não se vê. É aí que mora o perigo", alertou Emanuel Alves, técnico em Segurança do Trabalho e também colaborador da Coelce. Em 2014, o Ceará foi o terceiro estado da região Nordeste com mais mortes em decorrência de choques elétricos, apresentando um total de 35 vítimas. "Por isso, nós que temos a oportunidade de conhecer os riscos da rede elétrica temos por obrigação alertar para situações em iminência de acidente", reforça Márcio Gomes.

O choque elétrico, explicou Emanuel Alves, tem duas consequências básicas: queimaduras de primeiro ou segundo grau e parada cardiorespiratória. Nesse último caso, o atendimento imediato com a prestação dos primeiros socorros pode ser a diferença entre a vida e a morte. Os técnicos demonstraram aos estudantes como proceder nessas situações, simulando o procedimento com um boneco.

"Não adianta eu conhecer os passos se eu não tiver em mente que eu não posso ser a segunda vítima", destacou o técnico em Segurança do Trabalho, esclarecendo que, por pior que pareça a situação, é preciso manter a calma acima de tudo e conhecer o cenário antes de tomar qualquer atitude, verificando, por exemplo, se não há riscos de o socorrista também ser eletrocutado ao entrar em contato com a primeira vítima.

Se confirmado que não há perigo para o socorrista, é primordial testar a responsividade da vítima, chamando-a, e sentir a pulsação pela artéria carótida, localizada no pescoço, para checar os batimentos cardíacos. Caso não haja resposta, a recomendação é realizar a massagem cardiorespiratória na frequência de cem compressões por minuto, empurrando as mãos cruzadas com força sobre o peito da vítima, utilizando o peso do corpo. Se for necessário proceder com a respiração boca a boca, a repetição é de duas insuflações a cada 30 compressões.