Cedro realiza I Semana de Mulher Negra e Tereza de Benguela
Evento debate lutas políticas, educacionais e humanitária das mulheres negras
Publicada em 26/07/2021 ― Atualizada em 29 de Novembro de 2024 às 09:54

Teve inicio na manhã desta segunda-feira, 26/7, a realização a I Semana da Mulher Negra e Tereza de Benguela. O evento termina sexta-feira,30/7, e é promovido pelo Neabi do campus do Cedro. Oobjetivo é divulgar o dia 25 de julho como uma data significativa, simbólica e histórica que versa sobre reflexões e lutas políticas, educacionais e humanitárias, bem como sobre o combate a interseccionalidade de opressões relacionadas às mulheres negras, partindo, para tanto, das percepções e experiências destas sobre a saúde física e mental no período pandêmico. O canal do campus do Cedro no Youtube está transmitindo o evento. A programação está disponível no Instagram do campus
A abertura do evento contou com a participação do reitor do IFCE, do diretor-geral do campus do Cedro, Gleydson Lima, da pró-reitora de Extensão, Ana Claudia Uchoa, Anna Erika Ferreira (chefe do Departamento de Extensão Social e Cultural, José Honorato Neta (militante da Unegro e cedrense), Maria da Conceição da Silva (vice-coordenadora local do Neabi. A mediação foi da professora Daniela Fernandes, coordenadora local do Neabi Cedro.
O reitor do IFCE, professor Jose Wally Mendonça Menezes, o qual defendeu que é precisar enfrentar todos os dias as questão do preconceito e de outras múltiplas realidades, “A gente precisa lutar para ter paz. Se a gente não lutar, a gente aceita o que nos é colocado, nos é imposto”, disse.
O professor Gleydson Lima, diretor-geral do campus do Cedro, disse que a temática do evento é necessária na sociedade e citou os índices de violências contras as mulheres negras.“São momentos que precisam ser colocados para toda a comunidade escolar e a gente enquanto IFCE tem que promover esses espaços de diálogo e tá sempre proporcionando essas discussões”, declarou.
“É uma data significativa, simbólica, histórica, que nos desafia a coletivamente, denunciar e enfrentar com escureza as múlitplas opressões existentes entre gênero, raça e classe que são endereçadas a nós, mulheres negras”, disse a professora Daniela Fernandes, coordenadora local do Neabi de Cedro, sobre o Dia 25 de Julho. A docente lembrou ainda a engrandecer e enegrecer a luta do combate à interseccionalidade de opressões relacionadas às mulheres negras.
Tereza de Benguela
Tereza de Benguela ou Rainha Tereza como costumava ser chamada, viveu no século XVIII e foi uma mulher negra e líder quilombola do Quilombo do Piolho, também conhecido como Quilombo do Quariterê que se localizava entre o rio Guaporé e a atual cidade de Cuiabá no Estado do Mato Grosso. O quilombo chefiado por Rainha Tereza de 1750 a 1770 foi o maior do Estado, abrigando mais de 100 pessoas negras e indígenas.Rainha Tereza é considerada heroína negra e quilombola. o Dia Nacional da Tereza de Benguela e da Mulher Negra foi instituido pela Lei nº 12.987 de 25 de Julho de 2014.
Anderson Lima-campus do Cedro