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Alunos com deficiência conhecem o mar em visita à Praia de Iracema

Grupo é atendido pelo projeto Práticas Corporais Inclusivas, ativo desde 2013 no IFCE de Canindé

Publicada em 20/12/2018 Atualizada em 14 de Novembro de 2024 às 16:30

118 km separam Canindé de Fortaleza. 118 km separam o sertão apadrinhado por São Francisco do mar guardado por Iracema. Na manhã desta quinta-feira (20), essa distância foi brevemente vencida para a realização de um sonho um dia inacessível para sete alunos com deficiência: conhecer a praia.

O grupo é atendido pelo projeto de extensão Práticas Corporais Inclusivas, ativo desde 2013 no campus de Canindé do Instituto Federal do Ceará. Durante a visita, os sete adultos com deficiências motoras, visual e múltipla usufruíram do espaço de lazer do programa Praia Acessível da Prefeitura de Fortaleza, que dispõe de esteira de acesso e cadeiras anfíbias que possibilitam o banho de mar. 

Para Rafaela Sousa, 27 anos, a experiência inicial com a praia foi de estranhamento. Quando a primeira onda a banhou, não conseguiu deixar de escapar a surpresa: “A água é salgada!”. Passado o susto, as sensações também mudaram: o medo deu lugar à alegria.

Cremilda Vieira já conhecia o mar, mas “só de vista”. Essa foi a primeira vez que efetivamente entrou para se banhar, com ajuda dos equipamentos e dos acompanhantes, tanto bombeiros do programa Praia Acessível, como alunos da licenciatura em Educação Física que participaram da visita. “Ah, foi bom demais! Uma experiência única!”, afirmou. Apesar de precisar de muletas para se locomover, Cremilda foi a “sereia” da turma: colocando o que aprendeu nas aulas do projeto PCI em prática, nadou com o auxílio de uma prancha e, até o último momento possível, ficou à beira do mar, sentada na areia e sentindo as ondas.

A visita foi idealizada pelas professoras responsáveis pelo projeto, Thaidys Monte e Samara Moura. Além delas, também acompanharam os professores Valmir Arruda e Diná Santana, e a turma de estudantes da disciplina de Esporte Adaptado da licenciatura em Educação Física.

Sobre o projeto

O projeto Práticas Corporais Inclusivas é uma atividade do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE) do campus de Canindé do IFCE. Desde setembro de 2013, a iniciativa se baseia na atenção à educação e à saúde das pessoas com deficiência física, visual e intelectual das comunidades acadêmica e local, a partir da promoção de práticas corporais dentro do campus. Atualmente, o projeto atende 30 pessoas com deficiência, sendo 15 da Associação das Pessoas que lutam pela inclusão do Deficiente (APLID) e 15 da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) – ambas do município de Canindé.