Neabi Acaraú realiza júri popular
A atividade buscou aguçar a criticidade dos alunos
Publicada em 07/08/2019 ― Atualizada em 14 de Novembro de 2024 às 11:20

O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do campus de Acaraú do IFCE, em parceria com a turma do primeiro semestre do curso Técnico em Eventos, realizaram, na manhã da última terça-feira, 6 de agosto, um júri popular sobre a Lei 12.711/2012, conhecida como Lei de Cotas Étnico-raciais.
Antes da apresentação do júri, a professora Elisângela Sousa, responsável pela atividade, contextualizou sobre as leis que antecedem a Lei de Cotas, a partir da Declaração dos Direitos Humanos, passando pela Constituição Federal de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei 10.639/2003 (que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira") e Lei 11.645 de 2008 (que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”).
A programação teve continuidade com a apresentação do júri, pelo qual a Lei de Cotas foi julgada. Os discentes mostraram depoimentos de quem é contra e a favor das cotas por meio da representatividade das testemunhas de defesa e acusação, enquanto os advogados buscavam argumentos para segurar suas defesas. O júri também representado por alunos da turma ajudaram a “juíza” a definir o veredito, sob o olhar atento da plateia.
Somando forças na plateia, os discentes das turmas do primeiro e segundo semestres do curso de Restaurante e Bar foram acompanhados pelos professores Armando Fontele, Camila Franco, Cristiane Florêncio e Rosaline Oliveira, que apoiaram a atividade e contribuíram com o debate. A Coordenação Técnico Pedagógica e a Coordenadoria de Assuntos Estudantis também marcaram presença no evento com seu corpo técnico.
A iniciativa integra as ações práticas da disciplina de ética profissional e relações interpessoais - curso técnico de eventos e das ações do Neabi, dos quais a professora organizadora faz parte. O Neabi procura disseminar o conhecimento da temática afro-brasileira e indígena na instituição, colaborando com a construção de um conhecimento crítico e participativo.
Para a professora Elisângela Sousa, o resultado da atividade foi satisfatório. Na plateia do evento, dando cor à discussão, havia duas discentes da instituição que entraram pela lei de cotas, uma afro-brasileira e a outra, indígena. A discente da aldeia Varjota, comunidade dos Tremembés, é a primeira indígena a ingressar no IFCE Campus de Acaraú.
"Por incrível que pareça, no montante de 42 discentes que havia no auditório participando do evento, somente três conheciam a Lei de Cotas Étnico-raciais. Esse resultado nos revela que estamos no caminho certo", destacou Elisângela Sousa.